Diário de Mercado - 16.06.2015
Bolsas em alta antes do FED
Mercados
Os mercados tiveram um dia mais calmo do que o esperado nesta 3ª feira, 16.06, depois de dois dias de queda com incertezas sobre a saga da dívida da Grécia e a reunião do Federal Reserve.
As principais bolsas europeias abriram em baixa, mas passaram para o território positivo e devolveram parte das perdas dos dois últimos pregões com a melhor do humor dos investidores após divulgação dos dados de moradia nos EUA. Em Nova York os índices também fecharam em alta.
O Ibovespa subiu 1,06% principalmente com Bancos , Petrobras (2,97%) em dia de véspera de vencimento de Ibovespa Futuro. Figoríficos subiram com expectativas de aberturas do mercado norte-americano. Vale e Siderúrgicas estiveram entre as maiores perdas, pressionadas pela queda do preço do minério de ferro na China.
Câmbio
O dólar não mostrou força hoje depois que os indicadores de construções de
moradias trouxeram sinais mistos, o que foi considerado um ponto a favor da tese de um FED mais dovish. O Real, depois de abrir em baixa, reverteu logo de início e fechou em alta de 1,12%
Juros
Os contratos futuros de DI caíram ao longo da curva. Na ponta curta os dados do varejo mostram que a política monetária restritiva está dando resultado, o que diminui a probabilidade de uma manutenção mais prolongada do atual ciclo de alta da taxa básica de juros. A ponta mais longa mantém a trajetória de queda compatível com um cenário de crescimento mais fraco e acomodação das expectativas inflacionárias.
Indicadores
No Brasil, as vendas do comércio varejista restrito apresentaram queda de 0,4% em abril em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2014, a queda foi de 3,50%, o dobro do consenso de mercado.
Nos EUA, o levantamento sobre o início de construção de novas moradias mostrou que houve queda de 11,1% em maio, já que foram iniciadas 1.036 mil moradias. No mês anterior a alta havia sido de 22%.
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado financeiro em 16.06, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.